iPad: uma salvação para a mídia tradicional?
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iPad: uma salvação para a mídia tradicional?


Jobs exibe iPad durante lançamento
Rodrigo Cunha // Esta é uma pergunta publicada em diversos periódicos ao redor do mundo após o lançamento do novo tablet da Apple, no último dia 27 de janeiro. O tal aparelho "mágico e revolucionário", como declarou o CEO da empresa Steve Jobs, entra no mercado dos e-readers para concorrer com o Kindle (da Amazon), o Nook (da Barnes&Noble) e diversos outros semelhantes que têm surgido de uma só vez neste período. O design segue o mesmo formato do iPhone (de maior dimensão e teclado virtual).

Com o iPad será possível acessar internet (Wi-fi ou 3G), ler livros, revistas e jornais virtuais e assistir a vídeos. Porém, diferente de seus concorrentes que possibilitam uma leitura mais agradável utilizando iluminação externa, o iPad ainda possui a mesma iluminação de um computador, cansando a vista em leituras muito longas. As vendas do novo aparelo da Apple começam daqui a dois meses, num preço mínimo de US$ 499. Ainda não há previsão para venda no Brasil.

Em artigo da Poynter Institute, diversos especialistas expressam o impacto que o iPad pode ou não provocar no mercado da mídia tradicional. Alguns são otimistas, como a Sara Quinn Dickenson, que afirma que o iPad permitirá ao leitor "interagir melhor com as páginas, proporcionando uma sensação mais palpável". Para a pesquisadora, será necessário criar novos aplicativos para jornais, com novas possibilidades de utilização de imagens e um design mais agradável.

Pelo contrário, Al Tompkins vê como a principal desvantagem a forma de conectividade para assistir a vídeos. "As experiências atuais com a conexão 3G são insatisfatórios, o que não torna rápido o suficiente para assistir vídeos". Tompkins também critica a ideia de comprar um aparelho para se continuar a "pagar e pagar e pagar" para ter conteúdo. Não é como a TV ou o rádio onde se compra o aparelho e recebe o conteúdo gratuitamente.

Regina McCombs também faz críticas com relação a incompatibilidade dos navegadores da Apple para iPhone (também o iPod Touch e, provavalmente o iPad) com a tecnologia Flash. "A maioria dos programas de áudio, slides, vídeos, são construídos em Flash. Enquanto o aparelho mantém um monte de promessas de melhor interação com o usuário, descobrir uma plataforma totalmente nova, com o design específico e integrar os nossos sistemas de gerenciamento de conteúdo, será o grande desafio para as empresas de comunicação".

Leia mais o artigo da Poynter Institute sobre o iPad (em inglês)



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