Reportagens de Idéias
Jornalismo

Reportagens de Idéias


A professora Beatriz Marocco, integrante do GPJor, participa nesta semana do 6º Congresso SOPCOM, 8º Congresso LUSOCOM e 4º Congresso IBÉRICO, eventos sediados pela Escola de Comunicação, Artes e Tecnologias da Informação da Universidade Lusófona, em Lisboa, Portugal. Na sessão Jornalismo, a Beatriz Marocco irá apresentar o artigo “Reportagens de idéias”: uma contribuição de Foucault ao jornalismo. O artigo trata:

“Michel Foucault (1926-1984) denominou “reportagens de idéias” a uma série de reportagens que fez no Irã. Nosso objetivo no presente texto é descrever, primeiramente, como pretendia contrapor-se, nesta ação, aos relatos das agências de informação que chegavam ao Ocidente sobre a “revolução islâmica” e, ao mesmo tempo, conjugar-se às práticas jornalísticas para enriquecê-las com um olhar local e crítico, do intelectual que testemunha o “nascimento das idéias”. Nas ruas de Qom e Teerã, Foucault entrevista jovens islâmicos, homens da rua, líderes religiosos e velhos guerrilheiros. Pergunta: “O que você quer?” e recebe de quatro entre cinco entrevistados a mesma resposta que o aiatolá Khomeini havia dado a jornalistas em seu exílio em Paris: “Um gobernó islâmico”. Em um segundo movimento, pretende-se avançar no que ainda permanece à sombra da contribuição foucaultiana: a fonte pedagógica. O “rugido da batalha” ouvido na voz da fonte, como sugere Foucault na última frase de Vigiar e punir, não pertence ao quadro do jornalismo hegemônico. Trata-se de uma palavra liberada que não tem o ônus da prova, nem da verdade e nem terá uma forma jornalística prescrita nos livros de estilo. Está francamente em oposição ao modo de objetivação jornalística dos acontecimentos e dos indivíduos que se volta às fontes oficiais que ocupam posições institucionais, fornecem a informação mais rapidamente, a baixo custo, e por isso são mais produtivas, e conferem à informação maior confiança e aparência de verdade. A fonte, desde uma perspectiva foucaultiana, se constitui como sujeito de seu próprio discurso, ocupa um lugar em que não se lhe oprime a um modelo, participa de uma relação que se pretende libertadora da função jornalística e que potencializará, a partir de uma capacidade reflexiva, uma intervenção na realidade dos sujeitos que assumem tal condição”.
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(Angela Zamin)



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