Jornalismo
A Reforma do Estado. Se por cá é assim, imagino como será na Grécia…
Ora bem, os nossos municípios (por razões que não interessa agora analisar) têm demonstrado interesse em concessionar a empresas privadas os sistemas de abastecimento de água e recolha de águas residuais.
Para além dos serviços técnicos dos municípios, temos ainda pela parte do Estado a intervenção da Entidade Reguladora do Sector das Águas e Resíduos (ERSAR) e o Tribunal de Contas (TC).
Em Portugal, não se brinca com a “defesa do interesse público”!
Nota: pelo meio, suspeito, existirão ainda os habituais escritórios de advogados – os locais, a assessorar o município – e os “tubarões” na capital a assessorar TC e ERSAR…
Vem isto vem a propósito desta singela notícia:
“O Tribunal de Contas (TC) acusa a Entidade Reguladora do Sector das Águas e Resíduos (ERSAR) de negligenciar a defesa do interesse público por não promover junto dos municípios a renegociação dos contratos de concessão de água.”
Ora bem, o TC diz que o ERSAR negligenciou a “defesa do interesse público”.
O ERSAR, contesta tal afirmação e refere ter adotado "… todas as medidas que em cada caso se revelam mais adequadas" e, no que à persecução de interesse público diz respeito, faz notar que “… manifestou reservas em termos da concretização de algumas recomendações como a implementação de mecanismos de partilha de benefícios com os utentes e/ou concedentes, materializada nos respectivos contratos ou eliminação de cláusulas contratuais que impliquem a transferência de riscos operacionais, financeiros e de procura para o concedente.”
A notícia não revela o que municípios dirão sobre ERSAR e TC. Mas, se visados fossem, aposto que diriam que, em termos de “defesa do interesse público”, o cidadão pode dormir descansado…
Quanto ao contribuinte - esse, que, com os seus impostos, paga a existência destas e de muitas outras entidades públicas, para, não raras vezes, estas virem pronunciar-se sobre contratos pejados de irregularidades mas em vigor há anos a fio -, perguntar-se-á:
Que raio quererão eles dizer por “defesa do interesse público”?...
Interroguem-se: porque se fala, há anos, na importância de uma "Reforma do Estado" e ela não acontece?!
"A redução da despesa e da carga fiscal, permitiria à generalidade dos cidadãos mais poder de compra e uma melhoria do seu nível de vida, no entanto, isso acarreta um empobrecimento da capital…"
Aqui e na Grécia, foi um modelo económico assente nos empregos sustentados pela burocracia - o “País que vive à mesa do Orçamento de Estado” -, o verdadeiro responsável pela crise.
Esta é "A" questão que gostava de ver debatida em Portugal: o que temos de mudar em termos de modelo de desenvolvimento para não cair na situação grega?
loading...
-
Não à Privatização! Vem Lutar Pelos Teus Direitos E Pelo "serviço Público" De Transportes...
Post inserido na temática "defesa do interesse público", cuja especificidade, suspeito, não desencadeará junto do jornalismo de indignação o entusiasmo recorrente em outras situações. Nem para colher a reação de...
-
Aviso! Post Com Associação “absolutamente Delirante” De Uma Notícia De 2009 Com Outra, Completamente Desconexa, De 2015.
2015: “Tribunal de Contas. Alta velocidade custou mais de 150 milhões apesar de nunca ter saído do papel” "Os estudos preliminares demonstraram que o investimento na rede ferroviária de alta velocidade não apresentava viabilidade financeira. Os...
-
Reforma Do Estado. Quem Ganha E Quem Perde?
A Reforma do Estado que Portugal NECESSITA (não se trata, obviamente, destes cortes cegos e transversais que têm vindo a ser implementados) não avança pois significaria uma verdadeira decapitação do regime centralista da capital… NOTA:...
-
"portugal Que Vive à Mesa Do Orçamento De Estado" Vs “portugal Silencioso”
Esta notícia, apesar de passar praticamente despercebida na agenda mediática, encerra em si, aquele que é o maior problema e o principal desafio que se coloca a Portugal: a reforma do regime Centralista. Não se trata apenas da burocracia...
-
Eu Ainda Sou Do Tempo...
1) Eu ainda sou do tempo em que se exigia o corte nas pensões mais altas. Era uma vergonha, um escândalo, num país com os níveis de pobreza de Portugal, a existência de pensões superiores a 5.000 €! Num País em que 90% das pensões são...
Jornalismo