As discussões sobre o uso do Twitter como ferramenta para a apuração no jornalismo continuam. Entre os principais argumentos contrários está a credibilidade das fontes e entre os favoráveis está a rapidez e multiplicidade de fontes de informação. Os debatem sobre esse uso mal começaram. Certamente serão intensificados ainda com o passar do tempo, assim como os possíveis usos do Twitter devem ser ampliados.
Por agora, o post de Christian Espinosa, no Blog Cobertura Digital, nos dá uma idéia de como essa ferramenta pode ser utilizada – e não só no jornalismo on line. E para o rádio? É possível? Como utilizar o Twitter? Ele pode fazer realmente alguma diferença para a transmissão fora da internet? Serve como fonte ou simplesmente como uma ferramenta para transmitir a informação ao ouvinte?
O Ouvinte e o consumo ativo
Não são só as rotinas profissionais do jornalista e do comunicador de rádio que estão sendo alteradas pelo processo de tecnologização das redações. Embora essa mudança no cotidiano das emissoras se mostre de maneira direta através das ferramentas tecnológicas, como nos mostram vários autores, entre eles Carmen Peñafiel, essa interferência é intensa. Entretanto, é importante observar que ela também se estabelece de forma indireta.
O jornalista e doutor em comunicação João Paulo Meneses lembra, em um artigo publicado na revista Meios e Publicidade, que existe hoje um novo perfil de ouvinte. Trata-se de um ouvinte com um perfil de consumo ativo, inserido no cotidiano das novas gerações digitais, que buscam, interagem, controlam, personalizam a informação. A cada dia mais é preciso observar que se esse novo público começou a se construir em veículos online, hoje ele se relaciona em grande escala com os demais meios de comunicação e, com isso, demanda deles uma adequação.
Esta discussão não pode ser deixada de lado ao estudar ou pesquisar o jornalismo de rádio em ambiente de convergência e tecnologia. Voltaremos a isso.
Ficou interessado? Leia o texto de João Paulo Meneses.