Dos Tecnocratas insensíveis Vs Crescimentistas de bom coração
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Dos Tecnocratas insensíveis Vs Crescimentistas de bom coração


 
Os extractos do artigo que a seguir se reproduzem, dizem respeito ao discurso de um político português perante elementos da comissão europeia. O discurso foi proferido a 7 de Maio, há 1 mês, portanto. O contexto, foi da discussão em torno da evolução futura da UE, nomeadamente, em matéria de integração financeira, o seguinte parágrafo resume a postura dos responsáveis dos organismos europeus aí presentes: 

“Embora sem referências específicas à austeridade, a tónica dos discursos foi toda para o rigor das contas públicas, o cumprimento do programa de reformas e a consolidação das finanças públicas. A política de Bruxelas, representada por Rehn, manteve-se fiel a si própria…”

O objectivo deste post, é lançar um desafio ao caro leitor: através dos extractos que a seguir se transcrevem, proferidos por um político português naquele fórum, como já foi dito, tente adivinhar quem foi.
 
Quando se decidir pela resposta abra qualquer um dos links e confirme se acertou. Para simplificar, será um teste de escolha múltipla:
 
 
Vamos então às passagens / extractos do discurso:

1 [falando em relação aos países sob resgate] “”…a fragmentação financeira que existe actualmente [i.e., a disparidade de custos com o financiamento] exacerba o custo associado ao ajustamento e funciona como um choque de competitividade negativo para o pais sob ajuda externa”, acrescentando que “a UE tem de respeitar o que eu considero um princípio: permitir aos Estados que assegurem aos seus cidadãos os direitos sociais que estes exigem”. ”
2 [numa passagem dirigida a Schäuble, recorda] “… também ele tem um Tribunal Constitucional alemão que o incomoda, avisando-o que também ele pode não estar livre dos problemas acrescidos sentidos por Portugal face aos seus credores na sequência do chumbo do Tribunal Constitucional de normas do Orçamento”
 
3 [comentando o sucesso da colocação da primeira emissão nos mercados de dívida pública portuguesa a 10 anos, não deixa de frisar que] “…o desemprego é um problema irresolúvel, a não ser que seja posto em marcha um programa de políticas activas de emprego.”

E então, adivinhou?
...

Este jogo, dá que pensar sobre “o que sabemos realmente” dos políticos e, ao mesmo tempo, demonstra a (enorme) influência que os media têm na percepção sobre a “realidade”.

Até que ponto, as personagens que os meios de comunicação social e “comentadores de serviço” vão construindo, são uma imagem fiel da personalidade em questão? 

Se as redacções transmitem opinião em vez de informação, se o jornalismo destaca ou omite factos para reforçar uma determinada narrativa (por ex., teve conhecimento em algum telejornal destas declarações de Gaspar?), em suma, se a comunicação social não se revela, política e ideologicamente, imparcial, até que ponto as decisões dos cidadãos – como o voto, por exemplo - são determinados por uma espécie de “Tirania Mediática”?


 



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