Humor jornalístico? Jornalismo de humor?
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Humor jornalístico? Jornalismo de humor?


Ontem, no CQC ("Custe o que Custar"), o novo programa de humor coordenado por Marcelo Tás na Band TV, uma discussão interessante veio à tona: o CQC é programa jornalístico ou não? Ainda, é jornalismo de humor? Humor jornalístico?

Depois de 2 meses de barrados no Congresso Nacional, o CQC, através de quase 300mil assinaturas de baixo-assinado na internet, conseguiu autorização para fazer reportagens. No programa de ontem, foi ao ar a primeira matéria depois do episódio.

Com um histórico mostraram a primeira matéria, as tentativas, os momentos de explusão. De lá para cá, dois destaques. Arlindo Chinaglia disse algo como "vocês foram entendidos como programa de humor e não jornalístico". A Luciana Genro retrucou: "acho que ele não pode dizer o que é ou não jornalismo". Afinal, quem pode?

Na matéria de ontem, Rafinha Bastos foi o repórter. E o que Rafinha pergunta para vários deputados? Se eles acham que os políticos são honestos (o exemplo mais frequente). Hummm, senti falta de humor nessa hora...O tom dos assuntos nesta "reportagem", exceto pelas animações no vídeo, estava muito sério.

Uma informação importante na revista da TV do Globo Online. Dentre todos os homens de preto são de Tv ou teatro, apenas Rafinha é jornalista também:

"Assim como Luque, boa parte do elenco do "CQC", que estreou no mês passado, veio do teatro. Danilo Gentili, Oscar Filho e Rafinha Bastos integram o Clube da Comédia e são conhecidos dos fãs do stand-up comedy, gênero popularizado na TV por Jerry Seinfeld, em que o humorista fica de pé no palco para contar piadas de cara limpa. O trabalho do trio já era um fenômeno na internet muito antes de o trio invadir a TV" ("Humoristas do 'CQC' renovam gênero na atração da Band").

Marcelo Tás, que domina de forma excepcional a linguagem da tv, é diretor, apresentador e roteirista. Rafinha Bastos, quem fez a matéria de ontem, é o único jornalista. O que isso significa? Será que este estatuto, de ser jornalistas, influencia no gênero?


Em que pese a discussão do gênero, vale ressaltar algo muito importante: quando o CQC começou a entrar no Congresso, os deputados não tinham idéia do que era o programa. Ou seja, não tinham noção da ação de comunicação a que estavam submetidos quando entrevistados. Agiram como se fora um jornalista do Jornal da Globo ou Jornal da Band. Será que não estaria aqui, com força, a "finalidade reconhecida"? Saber do que se trata? Assim, talvez possa ocorrer o que o próprio Rafinha afirmou à FolhaOnline:

""A gente também faz isso [jornalismo], mas faz de uma forma irônica e bem-humorada. Isso está assustando a figura política. Tomara que eles [parlamentares] se dêem conta que vão poder usar essa nova linguagem a favor deles e que isso pode ser interessante", afirmou Bastos." (""CQC" faz protesto em Brasília para entrar no Congresso", FolhaOnline, 19/o6/08)



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