Jornalismo
A insustentável leveza das notícias sobre pensões…
A agenda mediática da semana passada foi dominada por dois temas:
- A ”agenda escondida” do governo para implementar cortes definitivos nas pensões, situação que A.J Seguro e os socialistas continuam a denunciar como intolerável e resultado do seu radicalismo ideológico, e;
- Um estudo do INE que, entre outras conclusões, como um declínio demográfico acentuado (“Em menos de 50 anos Portugal pode perder um quinto da sua atual população”) veio confirmar outro facto já conhecido e que se prende com um enorme aumento do índice de envelhecimento, quantificando “…entre 2012 e 2060 passaremos de 131 idosos por cada 100 jovens para 307 idosos”.
Das infindáveis horas dedicadas ao tratamento destas duas notícias, nunca vi uma reflexão um comentário, sobre a óbvia ligação entre ambas…
Vejamos, como já aqui se referiu no blog, o atual sistema de pensões foi concebido num momento em que existia, grosso modo, 1 pensionista por cada 4 trabalhadores ativos (convém sempre recordar que o nosso sistema de pensões não é de capitalização…).
Também convém recordar que as pensões não são pagas por entidades mais ou menos abstratas como o Estado, o Tribunal Constitucional ou a Constituição, mas pelos descontos dos trabalhadores ativos (conclusão que um cidadão que apenas se informe pelo que vê e ouve em telejornais, pode perfeitamente concluir...).
Ora, infelizmente, ao longo das duas últimas décadas, não só essa proporção entre contribuintes e beneficiários se foi degradando como ainda assistimos a um enorme aumento na esperança média de vida, fatores cuja evolução ditam a completa insustentabilidade do sistema.
Nada disto é ideologia, trata-se de simples e básica aritmética: um sistema concebido para funcionar com 4 contribuintes por cada beneficiário, não pode funcionar da mesma forma quando passam a existir igual número trabalhadores ativos e pensionistas ou 2 contribuintes e 4 beneficiários!
Mas parece que em Portugal – na tal “democracia adulta” de que se ouvirá falar nos 40 anos do 25 de Abril - não se podem constatar algumas realidades nem dizer algumas coisas, sob pena de ser catalogado como um crápula ultra-mega-neo-liberal… “fassista”!
Para terminar: Quem mente aos portugueses?
Quem afirma que as pensões deverão manter-se tal como estão ou quem, simplesmente, diz que a breve prazo não existirão recursos suficientes para o fazer?
É assim Portugal, depois das legislativas de 2015, lá teremos os portugueses zangados, indignados, com um governo que irá fazer "ao contrário do que prometeu"...
Os portugueses, têm razão quando lamentam ter sido enganados ou será que gostam de enganar-se a si próprios?...
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Manual De Procedimentos T. Constitucional: Itr – Avaliação De Medidas De Corte De Despesa
Caro leitor, você (também) "é daqueles" que não percebe o sentido das decisões do TC? Não entende, por ex., porque: - Existindo a intenção de cortar apenas nos salários dos funcionários públicos, recorrendo a um preceito...
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O “estado Garantista” E O “estado Ladrão”: Dois Lados Da Mesma Moeda.
“O aumento da taxa de IVA na restauração para 23% "cumpriu o objectivo de consolidação orçamental", gerando um encaixe esperado de 600 milhões de euros entre 2011 e 2013, o que significa que a receita cresceu 140% neste período.” Interessantes...
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Histórias Que Todos Conhecem…
…mas verdades que o politicamente correcto não permite dizer. Isto é Portugal… Ao almoço, não posso deixar de ouvir na mesa ao lado, alguém contar que um familiar seu, agente de polícia com trabalho administrativo, lhe descreve o dia-a-dia...
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2013, O Ano Da Ressurreição Da Constituição
Em 2012 o TC chumbou os cortes nos subsídios dos funcionários publicos, alegando violação do princípio da equidade. Desde aí andamos a tomar doses de Constituição ao pequeno-almoço, ao almoço e ao jantar. Mas, por onde andou o Tribunal Constitucional...
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O Jornalismo Do Público
Continua a cruzada do Público contra este Governo e Passos Coelho... Em título, dando a entender que PPC se referiu aos pensionistas em geral, refere que estes "estão a receber mais do que descontaram". Fica assim cumprido o dever do sr. jornalista:...
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