Jornalismo
Doutrinação ideológica via rodapé...
É sabido como um título influencia a perceção dos cidadãos. Aliás, considerando que segundo estudos realizados, cerca de 2/3 dos leitores de jornais não chegam a ler o corpo das notícias, podemos afirmar que a formação da “opinião pública” é em larga medida formatada através da mensagem veiculada pelos títulos das notícias.
Assim, um tópico recorrente aqui no blog, é a forma como as redações utilizam as manchetes e os títulos, para resumirem uma dada notícia. Mais concretamente, denuncia-se por aqui como essa escolha (seletiva, digo eu…) constitui um óbvio exemplo de manipulação ideológica dos cidadãos e da “opinião pública”…
Um título que, neste caso, é apresentado no rodapé da reportagem, deve (deveria...) resumir ou transmitir a essência da notícia. Ora, o que nos transmite o título / comentário, escolhido sobre a situação argentina?
A culpa é dos fundos especulativos... Enfim, a narrativa habitual - diariamente reproduzida pela “esquerda” e uma vasta maioria da comunicação social -, que, em vez de analisar os erros e as más opções de governação que nos trouxeram aqui, preferem atribuir a “culpa da crise” aos especuladores! Aos mercados! À austeridade. Etc., etc…
O que é um especulador e o que é um caloteiro?
Esta é a 5ª bancarrota da Argentina e a 2ª nos últimos 13 anos! Quantos espectadores ao ver esta notícia saberão deste facto?
Será que os empréstimos contraídos – para políticas de “investimento público”, certamente – não foram o resultado de uma decisão tomada livremente?
Caramba, à 5ª bancarrota é um pouco “difícil de engolir” aquela célebre máxima: “Pagar a dívida é ideia de criança. As dívidas gerem-se…”
Será que “especulador”, é todo aquele que, concedendo um empréstimo, tem a legítima expectativa (ou será pretensão?…) de ser ressarcido nos termos acordados entre credor e devedor?
“ARGENTINA EM FALÊNCIA: Falta de acordo com fundos especulativos deixa país em falência”
Numa breve nota / comentário de rodapé, todo um programa…
Não pense pela sua cabeça, deixe que os jornalistas o façam por si!
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