Exame final: informe
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Exame final: informe



Há pelo menos duas motivações relacionadas ao exame final. A primeira é obviamente dar uma oportunidade de recuperação aos/às estudantes que não atingiram sete de média no agregado dos quatro bimestres. Pelo que entendo, a nota que tirarem no exame final é somada à do agregado dos quatro bimestres e esta some é então dividida por dois. Se o resultado for igual ou superior a seis, vocês são aprovados na disciplina. Para maiores informações, verifiquem o “Manual do Aluno 2014”, aqui. 

A segunda motivação diz respeito à oportunidade que lhes é oferecida de aprofundar o conhecimento específico dessa matéria, num período especial, em que colocam novo alento e têm tempo para canalizar mais esforços no conteúdo abordado. Para o exame final, a expectativa é então que consigam dedicar-se e a expectativa dessa dedicação é base do que será cobrado.

O exame final da disciplina de Ciência Política no curso de Jornalismo cobre o material visto durante todo o ano letivo de 2014. A referência para recuperar o material são os documentos publicados no blog do curso: http://cienciapoliticacasperlibero.blogspot.com.br/.

O que será cobrado na avaliação é: (1) sua capacidade de apresentar o argumento dos autores vistos na disciplina; e (2) sua capacidade de indicar no escopo do argumento desses autores problemáticas a serem desenvolvidas. Nesse sentido, é uma prova que exige conhecimento avançado da matéria e disposição analítica elevada. O foco deve ser colocado nas leituras obrigatórias e sugeridas no decorrer do ano letivo: por mais que outros autores possam ser mobilizados para responder as questões do exame final, o que efetivamente será levado em consideração na correção é sua utilização dos autores vistos na disciplina.

Não é relevante que decore os nomes dos autores e textos. O que importa é que entenda suas teorias, o modo como as justificam e corroboram, sua estratégia argumentativa e metodologia, a relevância de sua contribuição.

A proposta dessa avaliação é a seguinte: divulgarei duas listas de dez questões diretamente relacionadas ao conteúdo visto durante o ano letivo. A primeira leva de perguntas está abaixo. A segunda leva de perguntas será divulgada em 3 de dezembro. Todas as questões são dissertativas.

No dia da prova, selecionarei ao acaso quatro questões da lista global de 20 perguntas que divulguei anteriormente, em cada uma das turmas em que houver exame final. Você responderá às três questões que mais lhe agradarem, descartando aquela que quiser. 

A prova é individual e é permitida a consulta a fichamentos de textos e rascunhos de respostas. Mas como sabe com antecedência aquilo que cairá tem tempo de se preparar. Uma estratégia possível de preparação para o exame é que forme um grupo de estudo com outros estudantes em sua situação e criem uma dinâmica colaborativa.

O exame final ocorre no dia 10 de dezembro. De manhã, inicia-se às 9h50 e termina às 11h30. À noite, inicia-se às 20:50 e termina às 22:30. Ocorre respectivamente na sala do 3JOA e na sala do 3JOC.

Estou a sua disposição para qualquer dúvida -- menos sobre as leituras e o material que cai na prova. Meu correio eletrônico é [email protected] e o verifico às quartas, à tarde, e sextas, de manhã.

Primeira lista de questões

Sobre cada um dos pares de visões teóricas alternativas (perguntas 1 a 4), (a) apresente de modo sucinto os argumentos centrais de cada alternativa teórica; (b) discuta semelhanças e diferenças entre as alternativas; (c) brevemente argumente a favor da alternativa que lhe parecer mais apropriada (ou as duas, se achar que ambas são válidas), destacando de que modo contribuem para explicar fenômenos sociais e políticos recentes.

1. Considere o seguinte par de visões teóricas alternativas: o capitalismo na teoria institucionalista (textos de referência de Peschanski e Wright) e o capitalismo na teoria marxista clássica (textos de referência de Marx e Engels).

2. Considere o seguinte par de visões teóricas alternativas: o socialismo como empoderamento social (textos de referência de Wright, Miguel, Peschanski, Santos e Rodríguez e Singer) e o socialismo na perspectiva clássica do marxismo (textos de referência de Marx e Engels).

3. Considere o seguinte par de visões teóricas alternativas: a relevância das classes sociais na perspectiva institucionalista (textos de referência de Peschanski e Offe) e na teoria marxista clássica (textos de referência de Marx e Engels).

4. Considere o seguinte par de visões teóricas alternativas: a teoria elitista da democracia (texto de referência de Schumpeter) e a teoria deliberativa e profunda da democracia (texto de referência de Avritzer).

Sobre cada um dos modelos de alternativa institucional ao capitalismo abaixo (perguntas 5 a 8), (a) descreva a proposta e explique seu funcionamento; (b) relacione-a à teoria do socialismo como empoderamento social de Wright; e (c) avalie sua desejabilidade, viabilidade e atingibilidade, relacionando-a a fenômenos sociais e políticos recentes.

5. O commons na produção cultural (texto de referência de Benkler).

6. O socialismo de ações (texto de referência de Miguel).

7. A renda para todos (textos de referência de Miguel e Peschanski).

8. O orçamento participativo (texto de referência de Avritzer).

9. Descreva e explique na trajetória de Przeworski a trajetória da social-democracia, explicitando a noção de dilema nas etapas dessa trajetória. (a) Explique o dilema do prisioneiro e relacione-o com a trajetória de dilemas do autor; e (b) apresente elementos empíricos ou teóricos a favor e contra a teoria da trajetória de Przeworski.

10. Não é fácil organizar um governo após um golpe. A derrocada de um regime é um período de turbulência e incerteza e são ruins as condições para criar e estabilizar um novo regime, especialmente quando se forma a partir de uma intervenção vista por muitos como ilegítima. Como se explica a estabilidade e até o dinamismo do regime militar brasileiro? (O texto de referência principal aqui é Cardoso.) Em que medida as condições dessa estabilidade e dinamismo se mantiveram após a abertura democrática? (O texto de referência principal aqui é O’Donnell.)



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