Jornalismo
Exame final: segunda leva de perguntas
Segue a segunda lista de perguntas para o exame final. No dia 10, serão selecionadas quatro das vinte perguntas para a prova. Bons estudos!
Sobre cada um dos pares de visões teóricas alternativas (perguntas 1 a 4), (a) apresente de modo sucinto os argumentos centrais de cada alternativa teórica; (b) discuta semelhanças e diferenças entre as alternativas; (c) brevemente argumente a favor da alternativa que lhe parecer mais apropriada (ou as duas, se achar que ambas são válidas), destacando de que modo contribuem para explicar fenômenos sociais e políticos recentes.
11. Considere o seguinte par de visões teóricas alternativas: a noção de sujeito na teoria de Simone de Beauvoir e na da teoria das bases materiais da desigualdade de gênero (textos de referência de Saffioti e Kergoat).
12. Considere o seguinte par de visões teóricas alternativas: a desigualdade de gênero em relação a outras formas de opressão na teoria de Simone de Beauvoir e a visão intersecional das dinâmicas de opressão (textos de referência de Kerner e Wright).
13. Considere o seguinte par de visões teóricas alternativas: a cidadania concedida (texto de referência de Sales) e o processo de descidadanização (texto de referência de Kowarick).
14. Considere o seguinte par de visões teóricas alternativas: a consolidação do governo petista a partir de uma nova classe de gerenciamento do capitalismo global (texto de referência de Oliveira) e o realinhamento eleitoral a partir da estrutura de classe, em especial o subproletariado (texto de referência de Singer).
15. Considere o seguinte par de visões teóricas alternativas: a burocracia na perspectiva weberiana e na perspectiva gerencial (texto de referência de Bresser-Pereira).
16. Considere o seguinte par de visões teóricas alternativas: a política como vocação (texto de referência de Weber) e o quinto poder (texto de referência de Ianoni).
17. Conforme o "ranking" de "Abismo de Gênero" do Fórum Econômico Mundial (2014), o Brasil ocupa a 71ª posição, numa tabela com 142 países. O relatório ainda projeta que, caso se mantenha a trajetória mundial, a igualdade entre homens e mulheres no mundo será alcançada apenas em 2095. De acordo com o vice-presidente do Departamento de Redução da Pobreza e Gestão Econômica do Banco Mundial, “Além de moralmente condenável, manter a desigualdade de gênero é uma estupidez econômica”, pois, “O crescimento econômico de um país pode ser maior se for acompanhado de políticas de eliminação das desigualdades de gênero”, afirmou Otaviano Canuto.
Simone de Beauvoir, em O Segundo Sexo (1949) escreveu que: "não se nasce mulher, torna-se mulher". Expressou, assim, a ideia básica do feminismo: a desnaturalização do ser mulher. Numa mesma linha interpretativa, para a pesquisadora brasileira Heleieth Saffioti, as características naturais, sexo e raça, atuam como mecanismos de desvantagem no processo competitivo, sendo conveniente para conservar a estrutura de classes, existindo um nó que amarra classe, gênero e raça e que constrói as dinâmicas de desigualdade na sociedade contemporânea.
Em que medida a emancipação econômica feminina seria suficiente, ou não, para libertar a mulher dos preconceitos que a discriminam socialmente, à luz das teorias de Beauvoir, Saffioti e Kergoat?
18. Quem fiscaliza o poder? A mesma pergunta é pertinente para a definição de Estado em Weber e de quarto poder em Ianoni. (a) Em que medida o Estado e a mídia precisam ser fiscalizadas, de acordo com esses autores?; (b) o que cada um deles sugere como mecanismo de fiscalização?; e (c) em que medida essas sugestões se assemelham e diferenciam (por exemplo, a configuração democrática das propostas)?
19. A defesa do Estado é um elemento central da cultura política brasileira, de acordo com Alberto Carlos Almeida. (a) Defina o Estado na perspectiva de Bobbio; (b) apresente e problematize a partir dessa perspectiva aquilo que o brasileiro parece defender na forma do Estado; (c) identifique a partir da leitura de Bresser-Pereira pontos negativos na atuação do Estado e possíveis soluções a esses pontos negativos.
20. Sales e Kowarick apresentam de forma distinta a origem do problema social brasileiro. Ela remonta ao período colonial e à experiência escravagista para explicar o funcionamento da vida em sociedade no Brasil. Sem refutar o argumento histórico de Sales, ele põe o foco nas dinâmicas da formação do capitalismo, em que a modalidade de inclusão, falha e incompleta, fez com que a experiência social se tornasse a do “viver em risco”. Reconstrua em detalhe o argumento e as evidências desses autores. Apresente a relação desses textos mais densos com a análise mais conjuntural das eleições recentes (Singer) e da cultura política brasileira (Almeida). Discuta no escopo do argumento de Kowarick e Sales possíveis direções para resolver a questão social brasileira.
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