Jornalismo
Sem esta comunicação social, seria impossível assistir ao que se está a passar.
Tanto haveria a dizer neste blog (fossem outros os tempos e a disponibilidade) sobre o que se tem passado nos últimos dias…
A agenda mediática permanece verdadeira caixa de ressonância dos interlocutores da esquerda e da sua argumentação. Isto porque (maioritariamente) as redações e o jornalismo partilham da mesma posição ideológica da nova Troika: PS / BE / PCP. Como esse é desfecho que desejam, nem param para refletir e fazer uma análise critica sobre o que se está a desenrolar.
Eis alguns dos argumentos que, repetidamente se lêem, vêem e ouvem:
1º Transformou-se uma vitória da Coligação Paf numa vitória dos que defendem o “fim da austeridade”. Alguém se lembra o que separava a Paf do PS, a austeridade da anti-austeridade? A Paf defendia o fim dos cortes nos salários da FP em 3 anos. O PS em 2. A PAf defendia a devolução da sobretaxa em 3 anos, o PS em 2. Entre a proposta de Costa e a de Passos, é todo um mundo de diferença...
2º De repente, para legitimar o cenário de Costa PM, as eleições legislativas nada têm a ver com a escolha de um Primeiro-ministro… Inúmeras vozes, somadas aos comentadores do costume, esforçam-se para elucidar os portugueses que eles escolhem deputados. Deputados, senhores!
Todos sabemos que os portugueses nas conversas de café, de jardim, no trabalho, etc.., nem se lembravam de Passos e Costa tão relevante e interessante, era discutir quem era o deputado em 4º lugar na lista de Vila Real e 7º de Beja…
3º Passos, era todos os dias catalogado de mentiroso pelas luminárias da esquerda porque, enquanto PM, nada cumpriu o seu programa de 2011. Costa – o político de confiança por oposição ao mentiroso do Passos -, na noite de 04 para 05 de Outubro, faz tábua rasa do programa Centeno – o tal do rigor e das contas certas - e garante que um programa de governo com a extrema-esquerda é que é o caminho.
Aqui, a Constança, o Adão e Silva, o do pisco, etc.., não vêm qualquer mentira ou questão moral. É democraticamente legítimo!
4º A turba indigna-se com Cavaco que exclui 1 milhão de portugueses. Que crápula de democrata!
Vejamos, ou estamos no euro ou fora do euro. Ou estamos na Nato ou fora da Nato. Se cerca de 80% querem o Euro e a Nato, e tratando-se de cenários mutuamente exclusivos, faria mais sentido que o PR exclui-se quem?!
Como é habitual não se critica a mensagem, mas o mensageiro e é bem conhecida a popularidade de Cavaco entre a elite intelectual e bem informada de “lesboa”…
5º Ainda pudemos assistir a figuras como Catarina Martins e Jerónimo de Sousa – sempre com a cumplicidade da tal comunicação social, que difunde e amplifica a sua mensagem -, apelidarem Cavaco Silva de faccioso e “fazer um discurso de seita”!
Nas diversas entrevistas televisivas aos lideres do bloco e comunistas, nunca ocorreu a nenhum jornalista perguntar:
- a Jerónimo, como consegue o pcp defender a posição do governo angolano no caso Luaty Beirão – nomeadamente, o total desrespeito pelos mais básicos direitos humanos -, mas é capaz de apelidar de fascistas, ladrões, assassinos os líderes de psd e cds;
- a Catarina, como consegue ir no fim de semana à Grécia apoiar Tsipras, designadamente, o seu programa de austeridade com cortes médios de 12% em pensões, cortes em salários, aumento de impostos, etc., e regressar na 2ª feira e acusar - com toda a convicção e autoridade moral - Passos e Portas por medidas bem menos gravosas que se encontravam previstas nos seus programas.
Não sou especial fã de Cavaco, mas há limites! Ver na comunicação social, Jerónimo e Catarina, serem tratados como paladinos da tolerância e dos valores democráticos, enquanto o atual PR é apontado como faccioso e sectário...
Com jornalismo assim, quem precisa de censura?...
No final de contas, Portugal tem o que merece. Pessoalmente, tenho vergonha de viver num país onde 20% da população vota extrema-esquerda (isso, sim, faz-me pensar em emigrar…). Mas, sei que tal cenário só é possível graças a esta triste comunicação social, sedeada na capital e dominada por uma pseudo-elite de esquerda e com a qual todo um país tem de carregar.
Fica uma profecia...
Dentro de 2 - 3 meses, quando pcp e be colocarem Costa entre a espada e a parede, será muito interessante ver a agenda mediática tomada pela opinião daqueles que - em nome do interesse nacional e da estabilidade - virão defender a necessidade (o dever patriótico!) de Passos e Portas apoiarem o governo socialista...
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E Se, Em Vez De Costa, Tivesse Sido Passos A Recomendar Ao Tuga Que Não Se Metesse Em Créditos?...
Muito me tenho divertido a apreciar o tratamento mediático que os desenvolvimentos deste "novo tempo" e deste "virar de página" da austeridade têm suscitado na agenda mediática. Costa, que, confrontado com um chumbo da Comissão...
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Se Cavaco Fosse De Enviar Sms Intimidatórios A Jornalistas, Seria Um Político Mais Popular Entre As Redações Da Capital?
Nas últimas semanas, tornou-se evidente uma das linhas mestras da estratégia política definida por Costa: malhar em Cavaco Silva e capitalizar votos à custa da “má imprensa” que rodeia o ainda PR. “Costa. A troika em Portugal...
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Grécia - Com Jornalismo Assim, Quem Precisa De Censura?!
Observei com atenção, desde a noite de 6ª feira ,a cobertura mediática sobre o acordo alcançado na última reunião do Eurogrupo. Em resumo, um cidadão que forme a sua opinião essencialmente pelo que vê nos telejornais, dificilmente reterá algo...
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Lembram-se Da Dívida Da Madeira? Ou Quando A Esquerda Reclamava Austeridade Para Aqueles Que Acumularam Dívida…
Já não suporto a ladainha – autêntica cópia da postura do BE sobre o tema - e a chantagem emocional usadas pelo jornalismo tipo TSF sobre a situação da Grécia (uns querem a condenação dos gregos contra "os outros", que os querem salvar). ...
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And Now, For Something Completely Different...
O melhor da noite de ontem, foi observar o ar assarapantado de alguns dirigentes políticos e comentadores que, face à aguardada bênção presidencial à solução que saiu do cisma Pedro & Paulo, já tinham um discurso de reacção "engatilhado"...
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